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Taylor Swift confessa seus sentimentos mais profundos em “The Tortured Poets Department”.

  • Foto do escritor: Barbara Ankudovicz
    Barbara Ankudovicz
  • 20 de abr. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 20 de abr. de 2024


Crítica


Lançado na madrugada desta sexta-feira (19), o décimo primeiro álbum de estúdio de Taylor Swift dividiu opiniões entre os fãs e a Prisma analisou o desabafo sincero e apressado da cantora.


Por: Beth Garrabrant

Em meio a regravações de seus antigos álbuns e lotando estádios ao redor do mundo com sua turnê, Swift pegou todos de surpresa ao anunciar em fevereiro deste ano, seu mais recente trabalho “The Tortured Poets Department”, com 16 músicas.


Com um título e estética que se destacam em sua discografia, criou-se a expectativa de algo inovador e autêntico, quando comparado aos seus trabalhos anteriores. De fato, a autenticidade se faz presente nas letras de Swift, trazendo a tona seu desabafo mais honesto e angustiante até aqui, revelando suas dores a cada faixa, como se trocasse de pele após seis anos queimando por um amor desalinhado.


Mas é preciso um grande esforço para convencer os ouvintes. É visível que a cantora encontrou sua zona de conforto trabalhando com seu amigo e produtor, Jack Antonoff, mas o que antes funcionava como uma sonoridade original, se tornou algo que soa apenas como um material refinado a cada álbum.


Apesar da produção semelhante ao vencedor do Grammy, “Midnights”, e as faixas extras do “1989 (Taylor’s Version)”, Tortured Poets entrega mais peso e maturidade nos instrumentais das canções presentes na primeira parte do disco, mostrando que poderia ter sido um momento único e ainda maior na carreira de Taylor, se não fosse pela existência do “Midnights”.


É preciso insistência para entender o ritmo do que está por vir, uma vez que “Fortnight”, o feat com Post Malone, que inicia o álbum e foi escolhido como lead single, faz com que o ouvinte se questione se deve pular para a próxima musica antes que pegue no sono.


Como se estivesse em uma roda de desconhecidos, Swift lentamente vai desabrochando e revelando a personalidade do disco, utilizando batidas graves e aceleradas, ecos, gritos e um leve toque de humor, retratando o episódio maníaco na qual se encontrou após sair de um longo e instável relacionamento, alcançar um nível avassalador de fama e ser enganada novamente por alguém que lhe jurou amor e se aproveitou de sua fragilidade emocional. Canções como “But Daddy I Love Him”, “Who’s Afraid of Little Old Me?” e “Florida!!!” - a última sendo a segunda colaboração presente no álbum, com a banda Florence + The Machine - são exemplos da criatividade presente na cantora que deveria ser mais explorada e até mesmo utilizada na hora de escolher seus singles.


O que parecia ser o ponto final de uma história, se mostrou ser apenas um ponto e vírgula, e Taylor lançou, após duas horas, a segunda parte do álbum, intitulado como “The Tortured Poets Department: The Anthology”, com mais 15 músicas inéditas.


Por: Beth Garrabrant

Produzido por Aaron Dessner, também amigo de longa data da cantora, o novo capítulo segue na jornada conturbada enfrentada pela artista mas de uma maneira muito mais fluída e original, uma vez que a sonoridade de Dessner permanece excêntrica e é capaz de traduzir perfeitamente as intenções de Swift, realçando o talento da mesma, sem destoar e poluir sonoramente seus vocais.

Taylor encerra seu décimo primeiro disco reafirmando que as histórias contadas já não são mais dela e sim do público, encerrando um ciclo e deixando suas dores no passado. Como um todo, a compositora se superou ao retirar a faca cravada em seu peito e se abrir com tamanha sinceridade, mas falhou quando uma obra que poderia ser tão única, se tornou apenas um produto ofuscado por algo lucrativo e remodelado.

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