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Trinta anos após a sua morte, Ayrton Senna narra sua carreira no automobilismo no documentário “Senna por Ayrton”

  • Foto do escritor: Martha Tilza
    Martha Tilza
  • 10 de mai. de 2024
  • 3 min de leitura

“Senna por Ayrton” traz Ayrton Senna narrando, em primeira pessoa, sua carreira desde o Kart até a temporada de 1994 da Fórmula 1.


Reprodução: Divulgação

Não há como fugir da nostalgia quando se trata do piloto brasileiro. Como uma vez disse a revista Isto é: “É mais fácil voltar no tempo do que esquecer Ayrton Senna”. Desde sua morte, em 1 de maio de 1994, o tricampeão da Fórmula 1 foi matéria de revista, de jornal, músicas, séries, documentários, desfile de escola de samba e etc. Todos documentaram sua jornada como pessoa e como esportista e, é óbvio, que Ayrton nunca teve participação direta nos conteúdos. Entretanto, a produção do Globoplay traz, pela primeira vez, o piloto narrando sua história.


Dividido em três episódios, o documentário de Rafael Pirrho e Rafael Timóteo não tem narradores e entrevistas com membros da família. O conto da história e a voz principal que se ouve é a de Ayrton Senna da Silva. E não, não se trata de inteligência artificial. Em 10 anos de Fórmula 1 e, pelo menos, três anos em categorias de base, o que não falta são entrevistas de Ayrton sobre sua trajetória. 


Por vezes, se ouve a voz de Galvão Bueno narrando as corridas, desde a mais vitoriosa até a mais fatídica, a de Reginaldo Leme, saudoso jornalista de automobilismo, a de Xuxa e até a de Alain Prost, tetracampeão mundial e ex-companheiro de equipe de Senna na McLaren, mas tudo retirado de arquivos. A série documental é uma grande montagem de todos os momentos bons e ruins da carreira de Ayrton. Para os olhos atentos, o documentário pode parecer parcial, retratando apenas o lado da história de Ayrton Senna. Mas, essa é a ideia. São três episódios narrando como o piloto viu aquela determinada situação naquele momento. 


Do Kart ao topo da F1

O primeiro episódio trata de introduzir o “garoto” Ayrton Senna, filho de Milton e Neyde, que saiu de São Paulo para correr em Londres, mas retornou para seu país natal porque achou que não queria ser piloto. Imagina? Após esse período sabático, Senna retornou para Londres e correu nas categorias de base* da Fórmula 1, como a Fórmula 3000 e ganhou o campeonato. Como muitos testes feitos para equipe diferentes, Senna finalmente consegue uma vaga na categoria com a Toleman. 


O maior ídolo do brasil

Reprodução: Divulgação

Já estabelecido como o grande piloto que foi, na segunda parte do documentário Senna narra os seus melhores anos na categoria, onde se tornou piloto da McLaren e conquistou os três títulos de sua carreira. O episódio ainda mostra a revolta de Ayrton com a desclassificação do GP do Japão de 1989 e o descontentamento do brasileiro com o companheiro de equipe, Alain Prost. O ponto alto dessa parte do documentário é a retratação da vitória do piloto no circuito de Interlagos, em 1991. Para além das pistas, o relacionamento de Ayrton e Xuxa também foi um grande destaque do episódio. 



O sonho interrompido 

Por fim, o título da última parte do documentário pode, a princípio, parecer falar apenas sobre a morte de Senna, como se o sonho do piloto tivesse sido interrompido ali. Entretanto, ao longo do episódio é retratado como, por algumas vezes, o brasileiro quase desistiu do esporte durante as temporadas de 1992 e 1993 devido ao desgaste emocional de não conseguir chegar ao topo com a McLaren e ter que lutar em uma guerra perdida com as Williams de Mansell e Prost. Sim, Prost. Como o francês disse: “Ninguém pode falar de Ayrton sem mencionar meu nome, e ninguém pode falar de mim sem mencionar o dele”


O episódio tem uma singela mudança de humor ao retratar a vitória de Senna em Interlagos em 93 e a sua mudança para a equipe Williams para a temporada de 1994. Apesar de retratar as duas primeiras corridas de 94, a reta final do documentário foca no final de semana em Emilia-Romagna em que, além de Senna, Rubens Barrichello também sofreu um acidente grave na sexta-feira e Roland Ratzenberger morreu no sábado. 


Por fim, não há narração de Senna sobre o GP de Ímola. Não houve tempo. A notícia da morte do piloto foi dada pela voz de um repórter. 



Senna, jamais superado”



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